segunda-feira, 26 de julho de 2010

Chinela de couro!

O sol que rachava o chão, agora queimava-lhe a retina. que quase sendo toda fechada pela pálpebra, tentava enxergar todos os bois que tangia!
Ê boi, Ê boi!
Limpava o suor da testa e jogava na terra seca que logo bebia aqueles pingos de água com sofreguidão!
O caminho parecia infindo, todos os dias aquele caminho era percorrido. Era uma pena que não levasse a lugar nenhum.
Ê boi, Ê boi!
o Chapéu de couro esquentava na cabeça que coçava demasiadamente! As roupas rasgadas de algodão estavam molhadas do suor!
Ê boi, Ê boi!
Os olhos ficavam fixados no horizonte. Talvez tentando enxergar uma vida melhor do que aquela que vivia todos os dias sem nenhuma alteração!
Ê boi, Ê boi!
Quando acordava, a lua ainda estava no céu! Ía até o banheiro, molhava o rosto para espantar o resto do sono que ficara! Tomava uma xícara de café, que era preparado ainda no dia anterior! vestia sua roupa de algodão, ía pegar os bois e partia!
Ê boi, Ê boi!
Partia em busca de água e alimentação para a criação, pelo sertão tão amado, que tanto o maltratava!
Ê boi, ê boi!

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