segunda-feira, 11 de outubro de 2010

;., L U ;.,

Na noite a lua estava cheia
precisava sangrar
e sangrou, ao chorar
em teus braços acalantadores.
nos mesmos onde inferiorizo
minhas dores.
Olho nos teus olhos, com a certeza
de que me afundarem ao maximo
nas profundezas do meu ser
pois eles me forçam a enchergar
um universo desconhecido até
mesmo para mim.
(São tão gigantes, mas ao mesmo tempo
tão pequenos)
e nessa pequenisse dos teus olhos
que me perco na tua infinitude
misteriosa.
Teu cheiro exalado (do perfume sem nome!)
do perfume natural, me envolve e me consome!
Teu nome que me salta da boca
que deseja teu beijo
na vontade louca
de te viver!

(Falando menos sério e menos poeticamente)
CAFÉ COM LEITE; FEIJAO E ARROZ; BEIJA E FLOR; SOL E LUA; ENTRE OUTRAS COISAS QUE SE COMPLETAM!

""Às vezes as palavras soam sem querer e se mostram cheias de desejos, mas não passam de palavras! A sorte é que elas são modificadas pela voz, pelo gesto e pelos olhos e aí deixam de ser palavras e se tornam emoção!
Pórem só se transformam em emoção quando o momento em que são pronunciadas é verdadeiro, por isso que quando estou contigo não pronuncio palavras, mas emoções!"""


Vinicius felix


sábado, 2 de outubro de 2010

Simples!

Jogo os poemas no ar
pra ver o passaro cantar

Jogo os poemas no mar
pra ver o peixe nadar

As vezes engulo o poema
pra poder respirar!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coisas da Vida!

  Acordava todos os dias à mesma hora! Não por motivo de ser metódico, mas por ser obrigado a acordar, pois nos seus onze anos já tinha que correr atras de ganhar dinheiro. E fazia isso dando aulas de reforço.
sempre soubera que sua vida não seria das mais fáceis, por isso procurou uma maneira de encará-la de uma forma mais leve, não banalizando-a, mas tornando-a mais "fácil" de ser vivida! Então, decidiu que por mais que crescesse e que se inundasse de inúmeras responsabilidades e problemas nunca deixaria de ser criança!
  A vida sempre lhe foi cruel. Pois lhe tirava muitas coisas ao mesmo temp, mas a crueldade não se encontrava aí, mas na ingenuidade dele de não saber o que fazer diante daquelas perdas.
  Aos treze anos, a vida lhe leva o seu herói, é tirado de le a pessoa em que ele se inspirava e que desejava ser igual. Nesse momento se sentiu tão perdido e atordoado que pensava em sumir do mundo e voltar quando aquela dor tivesse passado! Mas a vida lhe reservava mais surpresas. logo depois dessa perda seu pai perde o emprego por estar entrando no alcoolismo. Isso doeu no fundo da de sua alma. Pensava -" E agora? O que fazer?" Verdadeiramente não sabia! E o fato de não saber o levava ao desespero. Como tudo aquilo poderia acontecer com uma única pessoa! Não sabia, mas também não tinha tempo de pensar numa resposta. Levantou a cabeça e partiu para uma solução!
  Procurou o grupo AA, e convenceu seu pai de visitar. no começo não conseguiu, mas depois de um tanta insistencia, conseguiu! Ficou tão feliz ,pois sabia que aquilo mudaria sua vida. E mudou! As coisas melhoraram. Pode ir para um colégio particular. Não muito bm, mas era particular! Nisso passaram-se quatro anos de sua vida.  Foi então para uma escola melhor, bem conceituada! teve muitas dificuladades, pois sua escola anterior não tinha lhe dado tanto conhecimento. Sofreu muito para acompanhar o rítimo, e até que conseguiu e se sentiu muito feliz por ficar de recuperação em apenas uma matéria! Pois estudava à noite porque tinha que trabalhar manhã e tarde, mas nunca se queixara disso! Nem culpava o trabalho de lhe atrapalhar!
  Entrou no terceiro ano disposto a dar tudo de si para entrar finalmente numa faculdade, pois estava saudável e tudo ía de bem a melhor. Até que sentindo uma dor no estômago, descobre que ele aloja uma bactéria no estômago. Aquilo lhe aflinge de tal forma que ele perde oito quilos em menos de um mês! O médico pede para que ele falte a algumas aulas para descançar, pois aquilo estava lhe levando a uma depressão. Ele sabe que não pode perder as aulas e de teimoso, volta antes do tempo!
  Cansou de ouvir as pessoas dizendo que ele não estava bem. mas não ligava, ele tinha que cumprir com o prometido. Chegado a hora, ele consegui um bom resultado na primeira prova, prorém na segunda não tem êxito,  isso o deixa triste, mas não desanimado. Pouco tempo depois o seu namoro acaba. Isso o magoa muito, mas não lhe era um motivo para desistir. Estuda mais alguns meses e tenta de novo,  e não consegue. Reata o namoro! Não desisti, mas o máximo que consegui é uma vaga numa instituição particular. Ele decide fazer. Consegui um emprego para pagar de seu próprio bolso. Vai à briga e consegui um desconto. E agora sabia ele, que tinha que dar mais valor ainda às suas conquistas, porque todas lhe exigiram muita força de vontande.
E então começou a entender o que não entendia esse tempo todo: O VALOR DA VIDA!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Chinela de couro!

O sol que rachava o chão, agora queimava-lhe a retina. que quase sendo toda fechada pela pálpebra, tentava enxergar todos os bois que tangia!
Ê boi, Ê boi!
Limpava o suor da testa e jogava na terra seca que logo bebia aqueles pingos de água com sofreguidão!
O caminho parecia infindo, todos os dias aquele caminho era percorrido. Era uma pena que não levasse a lugar nenhum.
Ê boi, Ê boi!
o Chapéu de couro esquentava na cabeça que coçava demasiadamente! As roupas rasgadas de algodão estavam molhadas do suor!
Ê boi, Ê boi!
Os olhos ficavam fixados no horizonte. Talvez tentando enxergar uma vida melhor do que aquela que vivia todos os dias sem nenhuma alteração!
Ê boi, Ê boi!
Quando acordava, a lua ainda estava no céu! Ía até o banheiro, molhava o rosto para espantar o resto do sono que ficara! Tomava uma xícara de café, que era preparado ainda no dia anterior! vestia sua roupa de algodão, ía pegar os bois e partia!
Ê boi, Ê boi!
Partia em busca de água e alimentação para a criação, pelo sertão tão amado, que tanto o maltratava!
Ê boi, ê boi!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu e você, Você e eu, ou Um só!

Eu e você!
Você e eu!
Quem sou eu?
Quem é você?
Quem lhe deu
o direito de me conhecer?
Talvez eu,
mas você
me entorpeceu!
Eu não queria ir
você me puxou
e me fez sorrir!
então eu dancei
essa dança
que eu não sei!
Ou não sabia
mas você me conduzia
com o seu corpo
que é pura melodia!

Eu e você!
Você e eu!
Nós dois em um só.
Sendo o orvalho da noite
matando a sede das flores
com o nosso suor!
Nessa noite estrelada
me arrepiava
quando você sussurrava
dizendo que em amava!
palavras que o vendo levava
junto com o perfume das flores
num fluxo frenético
e quem as respirava
tinha a certeza que no mundo
haveria de existir
alguém que a amava!

sábado, 10 de julho de 2010

El circo del alegría




De longe, parecia um enorme e imponente castelo de lona. Mas de perto, não passava de umas hastes de madeira dando forma a um monte de lona velha e rasgada.
O circo naquele dia estava lotado. Crianças, velhos, jovens, estavam todos juntos e com o mesmo propósito: o de tentar sorrir!
O palhaço entra em cena e todos os olhares se dirigem para um único ponto, para uma única pessoa que tem o dificil objetivo de arrancar das caras tristes e sofridas um mínimo de sorriso.
A cada passo do palhaço, uma esperança de que o próximo será uma queda desajeitada que nos fará sorrir e ter a certeza de que estar ali foi uma boa ideia.
É o sorriso que nos fará ter o bom gosto de ter gastado míseros dois reais que para aquelas crianças talvez fosse o único dinheiro do dia, o único dinheiro para a alimentação. Mas essas crianças ao sorrirem estão se alimentando de alegria e de esperança de que o mundo pode ser muito melhor se todos pudessem sorrir!

terça-feira, 6 de julho de 2010

O Tempo e sua relatividade!

Tempo. Tempo. Tempo... Infindamente TEMPO!
Nunca paramos pra perceber que essa é uma das maiores discuções da humanidade! Tempo.
Precisamos de tempo para o trabalho, tempo para o divertimento, tempo para a casa, tempo para a familia, tempo pra saúde, tempo para os outros e infelizmente o menor tempo que dedicamos é para nós mesmos!
Não porque queremos, mas porque é o único que sobra!
Por causa disso, cada vez mais, estamos nos conhecendo menos. Em determinadas situações acabamos agindo e nos surpreendendo com as nossas próprias ações! Isso é o ridículo de não ter tempo par si mesmo!

"O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel" o doido do Platão!

"Nunca penso no futuro, ele chega rápido demais." o assanhado do Albert Einstein!

"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo." o viajante lunático de Mario Quintana!

Esses e outros tantos poetas, escritores e pensadores ja falaram sobre o tempo e outros continuarão a falar.
Porém nenhum deles conseguirá falar com clareza o que realmente querem falar, pois não existe uma definição para algo que é tão inconstante, relativo! E tenho certeza que nenhum deles conseguiu viver tudo que queria porque o tempo foi pouco!

Por isso que sou adepto do seguinte dizer:

"O tempo é eterno para quem sabe viver o momento"!! um louco bipolar que diz que um lado seu é poeta: EU!

( Esse é meu, talvez por isso ainda creio que posso dizer que vivo!)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

VAMOS FILOSOFAR!

Eu sou uma pessoa que adora pensar. Isso é muito relativo. Às vezes é bom pensar demais, já cheguei a várias conclusões certas assim, porém, em outras vezes por pensar demais acabei chorando.
O legal é que às vezes acordo com uma frase na cabeça, não me pergunte como, porque eu não sei! Talvez eu sonhe com isso, mas isso não vem ao caso!
E a frase que eu acordei pensando foi a seguinte: O segredo de um amor eterno é não se entregar à ele por completo, mas vivê-lo como amor e não como encanto!
Bom, essa foi uma frase à qual precisei pensar muito para falar sobre ela. Então pra facilitar, comecei a falar por parte.
O segredo de uma amor eterno é não se entregar à ele por completo - Comecei então a perceber que o amor para ser interessante deve ser um mistério. Não existe um amor interessante quando se sabe tudo dele de uma vez, ficaria sem graça e cairia na mesmice. Não seria divertido e nem muito menos excitante saber tudo sobre amor. Por isso que o amor não tem definição. Por isso que o amor é tão desejado por todos, pois cada um tem seu jeito de amar, o amor nunca é igual.
Então, quem busca uma longo amor deve no mínimo transformá-lo em um doce mistério, para que ele seja desvendado aos poucos. Cada dia deve renascer um novo amor.
...Mas vivê-lo como amor e não como encanto - Essa foi aparte mais complicada. Pois a algumas linhas atrás eu falei que o amor não tinha definição, então como explicar que devemos viver o amor como amor?
A única maneira de explicar é afirmar que o amor so se entende como amor, puro e verdadeiro. Quando confundimos o amor com paixão, encanto, possessão ele ligeiramente se acaba, passa, e aí dizemos que o amor acabou, mas não era o amor!
Uma coisa é certa, mesmo o amor sendo diferente para todas as pessoas, todos eles trazem algo em comum:
O sentimento de se sentir completo!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Simples Assim" ** http://arqueologiadomeuser.blogspot.com/ **

Bom, é incrivel como tanta gente reclama da vida, porém, reclamar é algo tão entediante, mas se torna meio que necessário. A gente precisa reclamar da vida pra aprender a gostar mais dela. É como se a reclamação fosse a imagem da procura de uma vida melhor (que sem dúvida é o que todos nós procuramos).
Li um texto que dizia assim:
[...] eu de vez em quando me irrito com aquelas pessoas que fazem de um assopro, um furacão, de uma gota, uma tempestade[...]
A vida é algo que não é necessario complicar por que de certa forma ela ja tem uma complicação de vez em quando, mas nada que não possa ser resolvido.
E essas pessoas que a complicam mais ainda tendem a não ser tão felizes pois fazem um enorme problema de uma coisa tão simples.
É incrivel como tudo na vida tem uma solução. (Quando não tem solução, acredite, já esta solucionado).
Muitas pessoas dizem que a única coisa que não tem jeito é morte, mas sabe, a morte não é um problema (pode acarretar alguns), mas não é um problema, e nós ainda não conseguimos nos acustumar com isso, e acredito que não seja mais uma questão de tempo, mas uma questão de sentimento, e sempre foi!
Então, porque complicar algo que não é complicado, se existir algum problema(e vai existir), pare, pense e veja que a solução muitas vezes está na nossa cara, a gente é que fecha os olhos pra ver.
E uma coisa, NÃO RECLAME DOS SEUS PROBLEMAS, nem saia chorando pelos cantos com ele nas mãos. Isso só vai fazer você chorar a toa, então ponha-o na mesa, encare-o de cima e veja que ele é tão mínimo diante da beleza que é a vida.
Portanto, não complique e veja que a VIDA é SIMPLES ASSIM!!!!!

Esse texto é uma intertextualidade com o texto "Simples Assim" do blog  *http://arqueologiadomeuser.blogspot.com/ * de Lúcia Menezes (Que diga-se de passagem está e mostrando uma boa escritora).
Lúcia, eu te adoro!                        
                                                              **SIMPLES ASSIM!!!!**



domingo, 20 de junho de 2010

Angústia

Ah! aquela dor no peito

que sobe à garganta
Acho que não há jeito
Não há cura tão santa

Ah! Essa distância
esse mar entre nós
Essa falta de esperança
Que não figa, meus anzóis

Eu procuro algo tão quieto
Feito os meus olhos estáticos
Fitando um espaço vazio

Nessa casa sem teto
sinto-me um lunático
viajando sozinho

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Canto de um sertanejo!

 A tristeza que eu canto
 Esta na seca do sertão
 O passarinho canta meu pranto
 Que me parte o coração

 O galho o seco se quebra
 A flor murcha e cai no chão
 O gado morre de sede
 E eu vou embora do sertão

 Carregando essa carroça
 Trago nela o meu pená
 O resto de minha palhoça
 E um pouco de mugunzá.

 Debaixo desse sol ardente
 Caminho sem direção
 Procurando um lugar que tenha gente
 Que possua bom coração

 Nesse mundo tão gigante
 Chego à seguinte conclusão
 Mesmo com tanta gente diferente
 Não existe compaixão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Meus Poemas

Meus poemas bem falados
Andam pelos becos escuros
Poemas inacabados
De um poeta imaturo

Se acenderes a luz
Apagarás o meu poema
E se apagares a luz
Virá à tona o seu tema

domingo, 2 de maio de 2010

De Um Romântico à Poesia

Sob o céu infinito declaro-me a ti
O vento que nos rodeia nos uniu
Num entrelaçado confuso
De beijos e abraços noturnos

O assovio da noite canta
Melodias românticas
Canta-te, canta-me.
Ama-te e arrepia-me de ciúmes.

Então, em teus braços agarro-me
Para que não me achem
Para que os meus suspiros
Se confundam aos teus.

Pequeno Acróstico De Um Romance


Lindas as flores que ficam
Unidas nas noites de frio
Cantarolando ao teu redor.
Ínfimas por estarem perto de ti,
Almejando ter ao menos o brilho dos teus olhos!

Pode ser

Pode ser
Que você
amanhã
Nem me olhe
Nos olhos
Pra não ter
A certeza
De que não me quer
Ao teu lado
Se eu pudesse prever
Evitaria nascer
Pra não ter que dizer
Eu te amo
Pra não ter que te ver
chorando
Em cima da cura escondida
Da lareira esquecida
O frio que fez essa noite
Esfriou o meu amor
Procurei esquenta-lo
Em teus braços
Mas não os encontrei
Perto de mim!!!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

De um LOUCO sobre LOUCOS

As pessoas me chamam de louco porque estou dançando, mas não tenho culpa se elas não ouvem a música. As pessoas livres são conhecidas por loucas, mas são essas pessoas que conhecem o verdadeiro mundo em que vivem. Vêem o que a maioria não vê. Sente o que a maioria não sente, por isso se tornam insuportáveis por prestar tanta atenção nos detalhes que são desprezados.
O normal é um mito!
A loucura é um fato!
Não se sabe o começo, o meio e nem muito menos o fim, sabe-se que o limite está colado com a sabedoria. “Todos nascem loucos, mas apenas alguns permanecem”.
E esses, que permanecem, nunca serão entendidos, por isso não se pode dizer que os loucos são felizes mesmo que eles sejam os únicos que sabem como ser feliz!
Pois o que realiza um louco é entendê-lo!

Locura

Cometi um grande erro.
inventei um amor platônico.
só agora percebi que amo o nada.
alguns me chamam de louco.
outros me adimiram e estes últimos
também são loucos!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Que frio faz

Pode ser

Que você

Amanhã

Nem me olhe

Nos olhos

Pra não ter

A certeza

De que não me quer

Ao teu lado

Se eu pudesse prever

Evitaria nascer

Pra não ter que dizer

"Eu te amo"

Pra não ter que te ver

chorando

Em cima

Da cura escondida

Da lareira esquecida

O frio que fez essa noite

Esfriou o meu amor

Procurei esquentá-lo

Em teus braços

Mas não os enconcontrei.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pequena história sobre um curto grande amor!

Ele apenas a vira e apaixonara-se! logo depois, declarou-se. não recebeu um sim, mas ficou cheio de esperança!
Pouco tempo depois veio o primeiro beijo. E depois desse momento, o tempo se encarregou de fazer com que os dois se conhecessem! Quem sabe até o amor crescesse também. Dizem que o amor é fruto do conhecimento!
Os momentos foram ficando eternizados! Os sorrisos na memória para sempre!
Mas o inverno é um fato. É nele que as grandes tempestades acontecem. E não é todo mundo que é capaz de suportar essas tempestades!
Talvez por isso os dois se separaram! Cada um foi pro seu lado sem olhar para trás. Se o amor deles acabou, não se sabe dizer. Se fora forças ocultas que não queriam os dois juntos, pode ter sido também!
Talvez, fosse perigoso os dois estarem juntos. Mas dizer isso, é dizer que o amor é perigoso!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um DRINK?

Só um drink! É o suficiente pra mergulhar em tanta fantasia!
Muitos se recusam, outros dizem não gostam, outros que não sabem, mas a verdade é uma só: todos nós merecemos um gole, todo dia, um gole de poesia!
Foi da palavra que viemos, somos feitos de palavras. São elas que nos definem, elas são nossa identidade. É a única coisa que nos pertence de verdade.
E é na poesia que finalmente as palavras se tornam verdadeiras. É na poesia que elas criam força e emocionam o mundo!
São elas que criam relações entre nós, que destroem relações quando mal usadas. As palavras têm força. O verbo tem força. Feliz daquele que das palavras fizer bom uso!
Por isso tome um drink. Um por dia é o suficiente!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

À fútil sociedade

Por quê que nós temos que ser o que nos é imposto desde bebês?
Por quê as mulheres têm, já quando crianças, que aprender a cozinhar e a cuidar da casa?
Nunca paramos para para nos perguntar porque os primeiros brinquedos de uma garotinha é uma boneca, um conjunto de panelas, por exemplo!
Os meninos, por sua vez, ganham ferramentas de trabalho, carrinhos entre outras coisas que despertam a ambição e a obrigação de trabalhar demasiadamente, e receber uma micharia no final do mês!
Talvez, quem trace o nosso futuro seja a sociedade, pois ela nos obriga a engolir toda a sua tradicionalidade fútil de um falso moralismo.
E nós engolimos, porque nossos pais engoliram, nossos avós engoliram, nossos bizavós engoliram e assim sucessivamente até os infelizes que tiveram a infeliz ideia de sociedade!
Pode até ser que pensaram que com a sociedade viesse a civilidade, o problema é que uma coisa não tem nada a ver com a outra, ou tem, mas até agora não conseguimos associar.
Então porque seguir as regras ditadas pela sociedade, se a sociedade mesmo não cumpre essas regras.
Viveremos melhor quando nós mesmos ditarmos nossas regras, quando soubermos que o inferno é onde vivemos e o paraíso está dentro de nós, e esse paraíso só vamos descobrir quando encontrarmos Deus.
Para isso, precisamos apenas ter a noção do bem e do mal. Precisaremos perceber que o erro da sociedade foi ter criado regras e uma hierarquia desnecessária, que corrompeu com o verdadeiro relacionamento.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Um pouco de autoajuda

Não sei quem sou. Não sei o que posso. Sei que sei tão pouco, talvez o suficiente para acreditar apenas no que vejo.
Querer não é poder, mas não quero que o mundo amanheça com alguns milhões de pessoas a menos, então, continuem acreditando que quem quer, pode!
Não tenha medo de se magoar. Mais cedo ou mais tarde você vai ser magoado, mas acredite que a maior mágoa é quando você não consegui perdoar, pois com isso você magoa a si mesmo.
Não se permita sentir apenas medo quando estiver com medo, aproveite a oportunidade que esse sentimento lhe oferece e comece a se conhecer melhor.
Saiba que problema e solução são inseparáveis. Quando não há solução, é porque não é um problema. Mas não se preocupe, você um dia aprenderá discernir isso.

A inversão de um amor

Escuro
Futuro
Sem você

Tão triste
Momento
De se ver

D'água
Olhos
Cheios

(In)justifica
O fim
Os meios

Estridente
Da mãe
O choro

O mundo
Banhando
Chora

Viver
Não quero
Agora

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vinicius por Vinicius

Pupilo por poeta
na palavra eterna
se completam
no poema abstrato
na poesia concreta
vêm na escuridão
a luz que os afeta
de uma subita alegria
que a palavra inodora
que a palavra insipida
que a gente ignora
de vera significa
a palavra só palavra
que descreve o mundo
a palavra só palavra
que nos tira do fundo
as palavras mágicas
que nos fazem voar
as palavras que nos fazem amar.
as palavras que magoam
mas que levam a um bem
a palavra que volta
eu te amo também.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Se nada fosse para o que tivesse que ser?

Já pensou se as flores não exalassem perfume e se os espinhos não machucassem?
Como iríamos aprender que o agradável nem sem sempre é bom? E se o sol não brilhasse de manhã e a lua não respondesse à noite?
Não acreditaríamos em amores eternos.
E se os beija-flores apenas quisessem se alimentar das flores, fingindo beija-las?
Onde estaria o romance e de que valeria sonhar?
E se o mundo fosse apenas o material? Só o que pudéssemos ver e tocar. Se esquecêssemos o abstrato, ignorando-o. Qual seria o verdadeiro sentido da vida? Se alguém souber, peço, por favor, que me diga.
Se tudo fosse assim, a minha única chance de sobreviver seria me prender em teus braços que unem o concreto e o abstrato numa relação de equilíbrio fantástico, feito o equilíbrio das órbitas astrais, feito a terra na mais metrificada sincronia de movimentos universais.
Perder-me-ia então no brilho incandescente dos teus olhos estrelares e na magnitude do beijo entorpecente que me tira as forças e o controle de mim mesmo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Frases de momento

"Até mesmo a solidão precisa de um pouco de si mesma!"

"O amor não foi feito pra todo mundo. O amor foi feito para quem tem a mania de querer conhecer as pessoas!"

"Te odeio tanto, com tanta força, que já não sei se sinto ódio ou amor!"

"O maior erro do ser humano foi descobrir que a mentira dói menos que a verdade!"

"Não ter alguém pra te dizer o quando você é importante, é penoso!"

"toda a tristeza que sinto emana de ti!"

"Escrever foi uma maneira que
encontrei para me maltratar,
pois as palavras concretizam
a minha dor abstrata"

Um dia a mais

Acordei! E mais um dia
Nessa soma infernal
As horas de novo passaram
E o que eu vivi?
Ficou no ontem
Nas sombras da memória
No dia que não viveu
No pássaro que não cantou
No poeta que não se inspirou
E se suicidou por pensar
Que não sabia escrever!!!!

Morte de amor

Eu não entendo a lei
Do meu coração que diz
“Que só você o fará feliz”
Lei insana
Palpitação frequente
Busca receosa
Vejo pela frente
Onde está? Está contente?
Meus braços esperam ardentemente
Tocar tua pele que insinua pecado
Beijar teus lábios pra esquecer o gosto amargo
Que me deixaste ao partir
Sofri de tanta dor
Quase morri de amor
Mas você me deixou
Fugiu
Com a rosa do feno
Mal sabias tu que ela era puro veneno
Que te envenenou
Dos meus braços te arrancou
Só para que eu
Morresse de amor.

Perdi-me

O momento em que mais chorei
Foi nas graças em que nasci
No momento em que nada falei
Foi na tarde em que morri

O tempo, meu eterno inimigo.
O espaço percorro sem rumo.
Então, se ninguém for comigo.
Perco-me no caminho e sumo

Procuro-me em vão
Num lampejo de sanidade
Não consigo me ver

No meio dessa escuridão
Descubro essa verdade
Perdi-me dentro do meu ser

Fim

Se tinha que acabar.
Por que começou?
Se não podia sonhar
Por que se sonhou?
E agora?
O que faço dos planos?
Ponho-os na gaveta
Debaixo dos panos.
Quando era o passado
Olhava pro futuro
Agora no futuro
Só me resta o passado.
Das lágrimas que caem
Conto as que não são de tristeza
Ao ler as cartas
postas sobre a mesa.
Tristeza pelo tempo bom que ficou para trás
Tristeza porque esse tempo
NÃO VOLTA MAIS!!!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Angústias do mundo

Ao olhar-me no espelho a minha imagem neutra não revela quem eu sou. Se fui homem ou se fui bicho. Um bicho que nunca amou. Se fui homem, um sonhador. Não fui nada revela a dor.
Se o homem vale o que come, eu não valho nada nessa terra de gente insana Onde a justiça é desprezada. Encolho-me nas sombras dos prédios gigantes e faço orações ao Deus para que tenha piedade de mim. A noite parece não ter fim.
Os ratos esperam minha dormência para roer-me as roupas velhas, rasgadas e cheias de mofo..
Ouço o silêncio da cidade, o choque dos olhares perdidos e assustados, os gritos das bocas cansadas e nessa hora desejo morrer, mas tirar a minha vida não seria a solução.
A realidade que mais me dói é que eu valho menos que um cão que tem ao menos os pêlos para aquecer-se na noite fria.
Mas agora só resta levantar-me e começar tudo de novo. Caminhar para outro lugar
Sem saber de onde sair e aonde chegar. Com fome, sede, desonra e angústia de um peito de homem que não é homem, sem vida, sem nome, sem trabalho, sem nada. Um monstro solitário sem ninguém pra aterrorizar.
As lágrimas caem constantemente o que em faz acreditar que ainda sou gente.
Gente da pior espécie. Gente desumana.
Por onde passo as pessoas me olham como se eu fosse o inimigo, mas elas não sabem que os piores inimigos estão dentro de si e eu era apenas um espelho. Mesmo assim elas olhavam com um olhar condenador que ardia em minha pele. Que doía em meu peito. Que me afundava mais ainda no poço.
E naquela escuridão, o sol entrou sem pedir licença e seu flexes de luz queimaram minha retina.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Frases de Momento


“Mesmo amores eternos se acabam. Mesmo quando prometidos”.

“Amores recíprocos não existem. Existe o estimulo de um só amor para outro que se diz amor”.

“Sempre que puder evite o não que te impede de viver”.

“Viva contando e vivendo os segundos, pois em um segundo você pode deixar de viver”.

“Só quero que algum dia alguém diga que me ama ou o quão sou importante”.

“Escrevo a minha vida para ter a certeza que vivo”.

“O porquê que a DECEPÇÃO me ENSINA; a TRISTEZA me FORTALECE; mas o AMOR me DESTROE?”
“Meu sorriso acoberta a grande tristeza que cultivo em meu peito”
“Uma pergunta?
- Quando serei feliz”

“Se tivesse um pedido, pediria que as minhas lágrimas não fossem de tristeza”.

“Se ao menos um bom dia.
Ou apenas um tudo bem.
Se dissesse vai que vou contigo,
E se caíres eu te levanto.
Se ao menos isso
Nomear-te-ia de amigo”

“Eu não sei se eu quero
Um alguém tão sincero
Que sonhe o que eu sonho
Pra dizer que é loucura”

Angústias do mundo

Fome, de que? De alimento, de roupa, de dignidade, de vida, literalmente de vida. Caça, estamos cansados de ser, porque que não podemos ser uma vez caçadores, de alimento. De roupa. De dignidade. De vida. Literalmente de vida. Vida, que vida? Não se vive a Vida esperando a morte, eu vivo, e por isso não respiro o tanto de ar que uma pessoa normal de outra parte do mundo respira, não porque não quero, mas porque eu não tenho mais forças para puxá-lo até o meu pulmão, pulmão que mostra sintomas da falta de mim. Quem? Quem está olhando para nós? O mundo nos virou as costas, pois nunca teve a coragem de olhar nos nossos olhos, de nos encararem, qual o perigo que representamos, a doença que vocês nos empurram pela boca? Eu, numa tentativa desesperada de não beber desse veneno vomito nos seus pés. Eu também tenho pele, eu também tenho sangue, eu também tenho direitos, que me foram tirados, no momento em que nasci.

O fotógrafo dessa foto ganhou o maior premio da fotografia, pela melhor fotografia, mas semanas depois se suicidou. Ganhou o troféu, mas perdeu a vida!

Quanto à criança... digamos que o abutre saciou a fome!

Desabafo

Solidão que arde em meu peito
Noite fria que queima em minha pele
Tenho que encontrar algum jeito
De fugir de quem me fere

Na multidão procuro um olhar
Só encontro olhares perdidos
Não há ninguém que possa me ajudar
Nem mesmo outros antigos

Tua mão vil estende-se na minha direção
Meu olhar baixo amedrontado
Olho direto para tua sombra no chão

Tua feição dizendo “coitado”
Não preciso de sua compaixão
Pois pela solidão já fui amparado

Teus olhos

No limiar dos raios mais esplendorosos
Lançados em terra por Deus
Vejo os teus olhos calorosos
Brilhando mais que os próprios raios
Quando o teu corpo toca o meu
Formulo as minhas leis de sobrevivência
Ainda na convalescença
Do entorpecimento que me causas
A flor do fim do ano
Vem contemplar tua beleza
Fazendo-te rainha em meio às falsas
Se até os anjos te elevam
O que eu posso a tua frente
Se sou apenas um mortal
Deturpado exageradamente
Pela célula cancerígena
Que arde em meu peito
Quando estou longe de ti.
Quando exalas transparentemente
Teu perfume eloqüente
Desvaneço em meio à escuridão
Da tua sombra sobre a alfombra
Que se atrita aos meus pés
E me vem à angústia
De águas passadas, cansadas, paradas
Que não movem mais moinhos
E torno-me pequeno
E desapareço em tua mão.

Sou completo

Sou completo, pois tenho letras e delas posso fazer sílabas que fazem palavras que formam frases de amor pra dizer que eu te amo. Eu sou completo, pois tenho sempre o teu sorriso estimulando-me a viver feliz. O que mais me encanta, é a sinceridade do teu olhar, a facilidade com que ele vê a vida. A doçura da tua voz ecoando no silêncio do meu coração, fazendo-o palpitar novamente. Eu sou completo, pois aprendi a viver observando-te, aprendi a amar amando-te, aprendi a ser feliz, rindo contigo. Não me deixe, sem antes olhar para trás e se despedir, ficaria magoado se não te desse um último adeus, se não olhasse nos teus olhos e tivesse a certeza que te seguir não seria uma boa idéia, pois tudo o que construímos juntos iria desmoronar-se em lágrimas. Não me importa com quem você vai, nem pra onde você vai, importa-me saber se vai feliz, se foi sua melhor escolha. Mas quero que saiba que onde estiver estarei sempre contigo mesmo à distância estarei torcendo por tua felicidade.
Nunca esquecerei do teu rosto próximo ao meu, do calor do teu corpo embaçando os meus olhos e esquentando-me, nunca esquecerei o gosto dos teus lábios pequenos que se tornavam gigantes quando juntos aos meus. Desde a primeira vez que eu te vi, sabia que meu lugar tinha que ser ao teu lado, mas na vida quanto mais imaginamos como uma coisa deve seguir ela insiste em seguir o contrário. Sei que o amor mesmo que mais forte que seja tem um dia a chama apagada, talvez por isso o poeta já disse: “Que seja eterno enquanto dure”. E o nosso será, porque vamos aproveitar cada segundo, cada momento, cada crise de riso e de choro. Vamos ser felizes nos momentos em que todos estiverem tristes e felizes quando estes também estiverem. A melhor coisa do mundo é viver. A segunda melhor coisa do mundo é viver com alguém. A terceira melhor coisa do mundo é que esse alguém seja você.

Parado no tempo

Os momentos vão passando
As coisas acontecendo
As lágrimas vão rolando
E o tempo esvaecendo

Os cabelos assanhados
As rugas aparecendo
Subindo outros altos
Vou cantando o meu lamento

E no decorrer de tudo
Não vi quase nada
Só o tempo passar

Não conheci o mundo
E quem eu tendo amava
Cansou-se de esperar

Triste


Lembranças tristes
De um momento perfeito
Fúnebre as matizes
Que queimam em meu peito

No meu olhar os meus amigos
Nos teus braços a minha vida
Nos meus braços sopros antigos
Nos teus olhos minha ferida

Escondi-me neste quarto
No espelho o reverso que vi
No instante em que passava

Mostrou-me o que eu vivi
E que o rosto que eu usava
Não foi feito para mim

Ponto de equilíbrio

Quando olhei nos teus olhos os meus sentimentos se traduziram em hieróglifos. O meu corpo estremeceu como que por um instante eu visse um outro mundo, como que por um instante eu a visse de branco, impossível. Não falei nada, como poderia, se o silêncio naquele momento nos apresentou, se o silencio, naquele momento, falou por nós. O escuro da noite era apenas um pretexto para que os teus olhos pudessem brilhar intensamente, e brilhavam tanto que eu já os confundia com o brilho das estrelas, e as estrelas eram poucas, só algumas que tiveram a coragem e a audácia de te enfrentar, as outras por covardia se esconderam por trás das nuvens que tomavam parte do céu. Pouco tempo depois até o céu se escondeu. Toda uma imensidão acima de ti, toda uma imensidão abaixo de ti, e você no meio, no ponto de equilíbrio. A chuva desenhava as curvas do teu corpo, delimitando-as na mais pura perfeição.

Fim de tarde


No final da tarde
O sol se despede
Vai embora sem alarde
Seu posto à lua cede

Com ela vem a esperança
Vem também a escuridão
Trás os sonhos das crianças
E para os adultos a solidão

Que se agarram com suas preces
Num último suspiro de salvação
Vendo que nada acontece
Em mais uma noite de escuridão

E o que mais resta?
É dormir novamente
E amanhã ir à mesma festa
E cumprimentar a mesma gente

Falhas no tempo

Não é porque não falo
Que não gosto
Não é porque não olho
Que não vejo
Não é porque não beijo
Que não amo
Não é porque não toco
Que não desejo
Não são os momentos
São falhas nos tempos
Sem volta
São horas
São lágrimas de revolta
Olhares perdidos
Sorrisos vendidos
Enferrujados
Na foto teu rosto
No rosto a tua foto
Perde-se do foco
Da luz do sol
E eu te espero
Presente passado
No futuro atrasado
De uma vida sem vida
Eu amo
Mas de uma forma diferente
Eu não uso gestos
Eu uso a mente
Não são faladas
São escritas
Escritas inteligíveis
Onde as palavras não se entendem
Entendem-se da maneira delas
Como se elas por elas
Falassem por mim

Funeral


Estava lá, no centro da sala
Estático, não ouve, não ver, não fala.
Não sente a dor de ver a dor
Das outras pessoas que choram
A sua partida inesperada.
Cada soluço de tristeza
Uma letra de saudade
Nesse instante se esquece à frieza
Que se diz ter na humanidade.
Expressam-se sem fala
Chorando pelo corpo que estava lá
Estático no centro da sala.
E no enorme casebre de restos mortais
Onde o inanimado já pulsou vida
As grandes caixas formam labirintos
E a vida passa diante dos olhos úmidos
De tantas lágrimas que caíram
Pelo corpo que não mais fala
E que continua lá, estático no centro da sala.
Era um lugar onde as flores mais belas
Causavam-me repugnância
Desde a minha infância
Jamais desejara estar ali
Nem por um segundo
Nem mesmo que aquele fosse
O ultimo lugar do mundo.

Mulher e Poesia

Tu és poesia
Na tristeza, na alegria.
Vivendo todo dia
A graça essencial
De ser mulher
Perco o meu olhar no teu corpo tão bonito
Apuro o meu olfato no teu cheiro
Em abundância
Vives para colorir o infinito
E do perfeito tu és
A verossimilhança.
Se nunca disse
Digo agora
“Eu te amo”
E de alguma forma serei teu
Na terra ou no mar
Nossos caminhos se cruzarão
E então seremos felizes
No céu ou no inferno
Não importa não me interesso,
Pois tenho a ti pra me distrair
Não verei
Se não forem os teus olhos
Não tocarei
Se não for o teu corpo
Não beijarei
Se não forem os teus lábios
Não viverei
Se não for por ti.

Dueto


Que nem sempre a vida dure mais que um segundo
E que certas pessoas não precisem do mundo
Que nem sempre o dia é estar acordado
Que nem sempre a mente é algo abstrato

Que nem sempre o tudo seja sempre exigido
Que nem sempre se contente com o escolhido
Que nem sempre as lembranças tragam alegria
Que tragam ensinamentos pra se viver melhor o dia

Que nem sempre o sempre seja eterno
Que nem sempre amor maior seja o materno
Que nem sempre o tempo seja relativo
E que nem sempre seja tão passivo

Que nem sempre o caminho seja o certo
Que nem sempre tudo esteja tão perto
Que das nuvens caia só o necessário
Que o céu seja algo mais que o imaginário.

Que as coisas improváveis se provem
Que os amores eternos aflorem
Que o contraditório se contradiga
Que a nova moda seja a antiga

Que nem sempre o escuro dê medo
Que nossa história tenha, ao menos, enredo.
Que os guardas não usem apito
Que os gritos mais altos não sejam do aflito


Vinicius e Alana

E então...

E então, teus olhos fixos nos meus
E os meus olhos fixos nos teus
Comunicavam-se
Apaixonavam-se

Beijos intensos
Amores imensos
Perfume
imune

Flores
Declarações a meio prazo
Esquecimento
Sentimento

Amor
Palavra de sorte
Adoração
Palavra forte
Paixão
Palavra de morte

sábado, 30 de janeiro de 2010

Poemas fingidos

Ai moça, dizes o que queres.
Se for verdade que me amas
Por que tanto que me feres?
E depois por que me chamas?

É verdade que eu me finjo
Mas é claro que te amo
As metas que eu não atinjo
São as que eu mais aclamo

Meu fingimento nas poesias
Não deixa de ter verdade
Vão se passando os dias
Vai ficando a idade

Vai aparecendo a velhice
E as falhas na memória
Quem dera que eu fingisse
Em parar o tempo agora

Quem sabe assim eu vivesse
Escrevendo e te enganando
E quem sabe eu percebesse
Que só vivo te amando

Quem sou eu?



Eu não posso dizer quem eu sou ainda. Não tenho um ego totalmente definido, pois sou um ser que está em freqüente transformação. Sou um ser que ainda precisa aprender muito do que a vida tem para ensinar. Sei que estou no caminho que julgo ser o certo, pode não ser, mas juro que ele é o mais estreito que eu encontrei. Muitas vezes senti-me fraco, mas soube superar essa fraqueza e transformá-la em coragem para superar mais uma vez os obstáculos que a vida insistentemente nos impõe durante muito tempo, mas percebemos que é isso que nos fazem sábios suficientemente para definir o certo e o errado, o mal e o bem, o afirmado e o duvidoso, o que é sincero e o que não passa de uma simples farsa. Isso é a vida. Isto sou eu, uma garrafa lotada de sentimentos diversos, colidindo constantemente, contrastando com o que eu demonstro ser. Indefinindo o que eu já havia definido zilhões de vezes, quiçá até na outra encarnação, se é que isso realmente existe, se é que isso realmente influencia a nossa vida, dizem que sim, mas só dizer não é o suficiente. É preciso ver para crer, é preciso tocar, sentir e ter a certeza científica dos fatos em questão. É essa a lei da vida. Vive melhor aquele que não tem a vergonha de ser ridículo. O que é felicidade? Eu não sei, e se souber me ensine. E para responder a esta pergunta: “Quem sou eu?”, preciso mais de alguns anos. Se bem que já disseram que eu era uma boa pessoa.

O fim do poeta


Meus sonhos de poeta
Esvaíram-se no escuro
Não consegui minha meta
Pois fui tão imaturo

Cegos, os meus sentimentos.
Andantes, minha alma e meu corpo.
Furtivos, os meus pensamentos.
Fingido, o meu ego morto.

E aquela sombra no meio do temporal
E aquela lembrança inesquecível
O meu corpo passando mal

Os olhos avistam o imaterial
A vela tão acessível
Mas o meu corpo já passa mal

Às rosas

Confundo-te entre as flores
Descubro-te
Ao ver que as abelhas
Ignoram-nas ao sentirem o teu perfume.
Amo-te
E sei que é a mais bela De todas as donzelas.
Quero-te
para todo o sempre.
Desejo-te
tanto quanto o ar pra respirar.
Beijo-te,
E cada beijo é como se sempre fosse o primeiro.
Vejo-te
como o amanhecer
Tão pura bela e radiante.
Penso em você
A cada inalação do ar
Poluído de tanta saudade
A cada segundo que fico longe de ti.

Poema de um velho

Eu, um velho incansável
De adoração inimaginável
As flores do meu jardim
Amei-as tanto
Que esqueci de amar quem estava ao meu lado
E até a mim.
Um dia lindo e ensolarado
Transformou-se em um monstro
Escuro e alado com raiva de tudo e todos
Escondi-me embaixo do manto
Tremendo de medo, frio, enfim,
Levantei-me e pela janela
Vi as rosas clamando por proteção
Mas eu nada podia fazer
Só ajoelhar-me por salvação.
Mas nada adiantou
As rosas morreram como bravas guerreiras
Esperançosas de amor.
E eu, no manto que me deu proteção
Morri entristecido
Lembrando os amores esquecidos
Que levo no coração.

É porque eu te amo

Você - Por que toda vez que você chega perto de mim, você fica com a respiração ofegante, suas mãos ficam trêmulas e frias?


(Porque eu te amo.... Não é porque o sol acorda todo dia no mesmo horário de contraponto com a pontualidade da lua do outro lado do mundo, nem porque os admiradores a esperam ansiosamente para declararem que amam as flores e têm ciúmes dos egoístas dos beija-flores, nem porque os animais também acordam, nem porque os escritores seguem a vida escrevendo seus textos em seus momentos de solidão, textos melancólicos e bobos que fazemos questão de lê-los e relê-los quando estamos tristes e buscamos neles algo que nos faça chorar e nos libertar das lágrimas presas nos olhos que buscam algum motivo para cair.

Porque eu te amo... Não é porque as pessoas passam protetor para proteger a pele do sol, para tornar esse rei brilhoso e gigantesco em um ser puramente inofensivo. Nem porque a música, que o vendedor de flores canta na madrugada, e ecoa nas ruas vazias cobertas de orvalho, chegam aos meus ouvidos como um ruído agradável.

É porque eu te amo... Porque o teu sorriso me dá vida e modifica as vírgulas e os pontos finais da minha pobre vida transcrita num papel amarelado de um caderno no fundo de um velho baú, guardado no porão da casa de uma criança órfã.

É porque eu te amo... Não porque os poetas buscam suas musas para escrever os poemas mais lindos que um poeta pode escrever, nem porque as musas se eternizam em versos e estrofes de um poeta louco de amor, que busca sofrer as dores da vida para passar para o papel os mais verdadeiros sentimentos.

É porque eu te amo... Não porque o planeta está a cada dia mais quente, nem porque as calotas polares estão derretendo a todo vapor, nem porque é das tragédias que se fazem as mais belas histórias de amor.

Porque eu te amo... Porque se eu não te amasse, eu não seria o tal poeta que dizem que eu sou)


EuÉ porque eu sou um pouco tímido.

No banco da praça

A praça era a mesma. As árvores, as mesmas. As pessoas, as mesmas também. O vento, um pouco mais forte, porém, não deixou de ser o mesmo. O céu continuava estrelado. As estrelas cintilavam com a mesma intensidade e a lua continuava sorrindo. Até os atrofiados e pequenos frutos e folhas caíam no mesmo lugar, sobre nós.
A vida era a mesma, não havia motivo para mudar. Quem podia fazer isso naquele momento deveria estar contemplando algo que nasceu de uma grande onda de criatividade. Devia estar organizando o universo ou mergulhando nas profundezas do universo marítimo.
Mas algo fugia à sincronia universal, à dança ritmada dos astros. Algo tão intimista tão profundo, obscuro e sóbrio. Algo que se manifestava dentro de nós. Algo desconhecido que vamos descobrindo a cada segundo, cada palavra, cada passo onde se acendia uma luz que nos revelava que nós éramos os únicos fora do eixo. Os únicos desconhecidos. Os únicos que tinham um olhar opaco, um sorriso em preto e branco. Entonações não ensaiadas que fugiam ao roteiro original, imaginado. E se isso estivesse na rubrica da primeira página que arranquei pra te fazer um coração de papel e infelizmente neste mesmo dia choveu. E agora não temos mais como ler esse papel, foi desmanchado. Seguiremos o texto pra saber o final? Ou paramos por aqui para evitarmos surpresas? Vamos continuar. Quem sabe a última página esteja em branco e caberá a nós escrever o nosso final. Caberá a nós fugir da corda bamba que é a vida. Esquecer o que foi dito e enganar o destino.

Manias

Na fila do banco as atenções se voltaram para ele, que deitara no chão. Algumas pessoas diziam que ele desmaiara outras, que ele morreu.
Osvaldino Ferreira era assim, sempre que estava num local cheio de gente tinha a mania de fingir-se de morto, no começo era apenas um divertimento. Quando criança, sempre que se metia em confusão, fingia-se de morto para se safar. E sempre conseguia, muitas vezes, fingia tão bem que dona Mariazinha, sua mãe, o levava para o hospital, em prantos, mas o médico olhava para o menino, e sabendo de sua danação o mandava embora, mas a dona Mariazinha só saía de lá se fosse com um remédio para o filho, e o doutor sempre medicava, muita palmada na mão.
Cresceu com essa mania, que já se tornara uma compulsão, bastava estar num local cheio de gente para logo cair no chão. Era conhecido por todos como “o maníaco das sete vidas”. Talvez fosse hereditário, pois toda a família tinha uma mania. O pai, seu Jerúndio, tinha uma mania que lhe custava muito dinheiro. Sempre que sentava para assistir à televisão, ficava ligando e desligando-a freqüentemente. Era uma televisão a cada semana. Dona Mariazinha, coitada, carrega uma mania desde que começou a andar. A cada três passos D. Mariazinha dava um pulo. Era conhecida na vizinhança como a “mãe canguru”. Osvaldino cresceu vendo as estranhas manias dos pais. Talvez por curiosidade, tentava imitá-los, mas não conseguia, pois não tinha a rapidez do pai e nem a sincronia da mãe. Mas nem sempre, as manias só traziam prejuízo, por exemplo, D. Mariazinha, toda páscoa era paga pela prefeitura para se fantasiar de coelho de páscoa para sair distribuindo ovos nas comunidades carentes. E assim foi toda a vida de Osvaldino. Até o momento em que encontrou uma namorada.
A namorada de Osvaldino, já sabia da mania dele, e até achava engraçado, talvez isso dera inicio ao namoro. Depois de dois anos namorando, Osvaldino pediu a mão de Marcineta em casamento. Marcineta era uma moça, estudada. Estudara quase a vida toda em escola particular, mas parou no ensino médio, por que segundo ela “pra que estudar se o futuro era a morte”. Cresceu num bairro de classe média. Era muito paparicada quando criança por toda a família, ganhava presente toda semana, a casa era lotada por parentes e amigos, até que, no aniversário de quatro anos, ela pôs fogo na cortina, e jogou bolo em todo mundo. Tinha um gene de destruição em massa.
Mas foi assim, D. Mariazinha e seu Jerúndio, estavam muito felizes com o filho, que segundo seu Jerúndio, se tornara homem, pois homem que é homem tem que ter uma mulher. No dia do casamento D. Mariazinha não se segurava de alegria, e saltitava como nunca. Seu Jerúndio, sentado na cadeira de balanço, já fazia planos para quando os netos chegassem. O momento tão esperado chegou, a igreja lotada, as pessoas todas cochichando, falavam de Osvaldino. Querendo entender como uma moça tão estudada casaria com uma pessoa daquela, mas a música começou a tocar e todos ao mesmo tempo, numa sincronia perfeita, olharam para a porta da igreja. Marcineta, com um vestido longo e o véu na cara entrava desfilando entre os bancos da igreja, sorrindo, exibindo-se em passos lentos. Acompanhada por seu pai, que não parava de chorar um segundo sequer. Chegou ao altar. Osvaldino pegou na mão de Marcineta, e sorriu para ela. Ele a amava. E aquele, sem dúvida era o dia mais feliz da vida dele.
A cerimônia prosseguiu até a hora de Osvaldino dizer sim, mas no momento em que iria responder, Osvaldino caiu no chão. Ninguém nem se assustou, pois seria só a velha e conhecida mania de se fingir de morto. Mas os minutos se passavam e Osvaldino não voltou a si. Foi então que perceberam que não era apenas a velha e conhecida mania de Osvaldino de se fingir de morto. Ele agora realmente tinha morrido.
O enterro de Osvaldino foi um dos mais tristes ocorridos na cidade, desde os últimos anos, e o que havia mais gente, quase toda a cidade comparecera ao enterro. OS pais de Osvaldino não paravam de chorar, e a quase viúva Marcineta soluçava o quase casamento. Chorava muito. O enterro seguiu. O dia na cidade não foi o mesmo sem o Osvaldino. E nem seria pelo resto da vida. D. Mariazinha se conformava quando pensava que o filho já nascera treinando para morrer.
Marcineta ficou morando mais os pais de Osvaldino, pois seus pais se mudaram logo depois da morte do quase genro. D. mariazinha cuidava de marcineta como uma filha, e seu Jerúndio, continuava sentado na cadeira de balanço, desligando e ligando a televisão, mas agora lamentando por não poder mais fazer planos para os netos. Meses depois, Marcineta começou a trabalhar no mesmo banco da cidade em que Osvaldino trabalhava. Mas logo foi demitida, porque na hora do expediente, fingira-se de morta.

Biblioteca

Todos os dias, às duas da tarde, eu freqüentava a biblioteca. Acordava de manhã já pensando no livro que leria. Mas não eram os livros que me faziam freqüentar assiduamente a biblioteca, o que me fazia estar lá sem falta todos os dias era ela. Que adorava os livros e aquela biblioteca, pois estava lá constantemente. Ela sentava na cadeira da mesa da frente, em sua mesa havia vários livros, todos abertos, mas ela só lia um. Eu ia todos os dias porque sabia que ela estaria lá, também sabia que ela ia não era por causa de mim, mas pelos livros. Até que um dia eu a olhava fixamente, e de repente ela pôs os olhos em mim, pela primeira vez, soube que eu existia e que estava lá na sua frente. Tentei desviar o olhar dela, para que ela não percebesse que eu a devorava pelos olhos. Baixei a cabeça, e percebi que ela estava com um sorriso no rosto.
Desde esse momento, trocávamos olhares. Nunca nos falávamos, apenas trocávamos olhares e sorrisos que iam e viam na velocidade da luz com mil palavras escritas no ar. Entendia-nos só pelos olhares, e quando queríamos nos dizer alguma coisa apelávamos para os livros que era o nosso melhor meio de comunicação. Eu ia até a estante e pegava Vinícius, ela Clarisse, assim ela já sabia de meu romantismo e eu de seus enigmas. Mas um dia, e outro dia, como se fosse combinado estávamos lá no mesmo horário e nas mesmas mesas. Ela sempre saía antes de mim, para que nós não nos esbarrássemos e quebrássemos o encanto de nos falar e se conhecer. O desconhecido sempre é mais prazeroso. Mas um dia eu me levantei para trocar o livro, eu não lia nenhum, não gostava muito de ler, estava lá por causa dela, não pelos livros. Mas ela não percebeu, e nos levantamos juntos, ela ia embora. Devia ter algum compromisso, e nesse momento nos esbarramos, ela se desculpou, e pela primeira vez eu ouvi sua voz. Uma voz doce, serena. Quando ela olhou para cima, pois tinha se abaixado para pegar o livro que caíra no chão, e percebeu que se tratava de mim, ela ficou vermelha de vergonha, aquilo não poderia ter acontecido, não sabíamos o que nos dizer, aquela aproximação nunca ocorrera antes. Sua respiração estava ofegante. Eu não respirava, só para não sentir que o tempo estava passando. De súbito, como que por impulso, abaixei-me para ajudá-la a levantar. Ela respirou como se tomasse de vida uma grande porção. Ficamos de pé, um na frente do outro, nos olhando fixamente. Conhecendo-nos. Namorando. Viajando um dentro do outro, nos sentimentos em comum que explodiam dentro de nós, forçando-nos a nos abraçar longamente, mas ficamos só na vontade. Olhando-nos. Nesse momento a biblioteca emudeceu, os livros paravam de gritar suas histórias e suas poesias, dando lugar ao silencio de um livro de páginas em branco foliado pelo vento. Mas não demorou muito e os livros voltaram gritar, e eu, a sentir o frio que lá fazia. Ela partiu sem olhar para trás. Eu olhava fixamente sua silhueta que sumia por trás da porta que se fechava lentamente, provocando-me. Eu não tinha mais nada a fazer ali, logo depois também fui embora.
Á noite não consegui dormir, aquela cena se repetia varias vezes, eu rolava na cama, lembrando do seu cheiro, da sua pele. No outro dia, não pensava em mais nada a não ser a biblioteca e nela que estaria lá me esperando. Quando eu cheguei, para minha surpresa ela não estava, sentei-me, pensando em vários motivos que pudessem explicar a sua falta. Ela pode ter se atrasado. Duas e meia, ela não chegou. Três e meia. Nada. Ás quatro horas eu já não sabia o que fazer, ela nunca faltara antes, o que poderia estar acontecendo que a impedisse de vir ao meu encontro. Dava-me uma angústia no peito ao ver a cadeira da biblioteca vazia, sem livros na mesa. E aquele local começou a me parecer estranho, as mesas, as cadeira, as estantes e a vasta quantidade de livros. Decidi ir embora. Ao abrir deparo-me com ela, parada. Olhando fixamente para mim.

Epifania

Momentos de riso são esquecidos no dia seguinte.
Momentos de choro são lembrados para sempre.
Talvez, esquecemos tão facilmente dos momentos bons por eles serem tão corriqueiros. Mas quando percebermos que a vida é feita de momentos corriqueiros, passaremos a aproveitá-la mais intensamente.
Passaremos a rir de verdade e perceber que cada riso tem um som, um gesto e um motivo diferente.
Passaremos a chorar de verdade, mas apenas quando nós tivermos motivos que exijam uma lágrima.
Respiraremos com mais intensidade e perceberemos que o ar nunca é o mesmo. Algumas vezes é puro, mas em outras é impuro. Mas não importa. O importante é sabermos que estamos respirando.
Começaremos a acordar de manhã e dar um bom dia à casa, ao sol, às pernas, à barriga, à cabeça. Olharemos no espelho e riremos da nossa decadência física ao acordar. E veremos que no decorrer do dia vamos levantando, nos reerguendo de novo.
Ajeitamos o cabelo, escovamos a boca, nos maquiamos e vestimos nossa armadura, e em menos de meia hora nos transformamos naquela pessoa que está pronta para partir para a guerra.

Aos meus amigos

Amigos são aqueles que fazem dos momentos mais curtos, eternos, que fazem com que esses momentos passem em câmera lenta, para que seja aproveitado cada sorriso, cada abraço, cada conversa jogada fora.
Amigos nos fazem felizes quando estamos tristes e sentem-se felizes quando nos vêem felizes, são esses os amigos de verdade, são esses os amigos a quem podemos confiar à vida.
Se amigos forem irmãos que podemos escolher, vocês são e sempre serão meus irmãos queridos e uma das minhas melhores escolhas. Mesmo que um dia nos separemos, trocaremos cartas, telefonemas e encontros. Mas um dia os encontros não serão mais possíveis, cartas, quase nunca, telefonemas escassos. Porém, lá na frente, mesmo sem nos ver, eu direi com muito orgulho que tenho amigos que fazem parte da minha história, e foram esses amigos que se entristeceram com as minhas aflições e se alegraram com as minhas vitórias, que seguraram na minha mão e me convenceram que a vida não se resume apenas em sorrisos e abraços, e sim em momentos de tristezas, dúvidas e lágrimas que, por pior que sejam, são insignificantes quando temos amigos para compartilhá-las.