sábado, 30 de janeiro de 2010

Poema de um velho

Eu, um velho incansável
De adoração inimaginável
As flores do meu jardim
Amei-as tanto
Que esqueci de amar quem estava ao meu lado
E até a mim.
Um dia lindo e ensolarado
Transformou-se em um monstro
Escuro e alado com raiva de tudo e todos
Escondi-me embaixo do manto
Tremendo de medo, frio, enfim,
Levantei-me e pela janela
Vi as rosas clamando por proteção
Mas eu nada podia fazer
Só ajoelhar-me por salvação.
Mas nada adiantou
As rosas morreram como bravas guerreiras
Esperançosas de amor.
E eu, no manto que me deu proteção
Morri entristecido
Lembrando os amores esquecidos
Que levo no coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário