domingo, 31 de janeiro de 2010

Angústias do mundo

Fome, de que? De alimento, de roupa, de dignidade, de vida, literalmente de vida. Caça, estamos cansados de ser, porque que não podemos ser uma vez caçadores, de alimento. De roupa. De dignidade. De vida. Literalmente de vida. Vida, que vida? Não se vive a Vida esperando a morte, eu vivo, e por isso não respiro o tanto de ar que uma pessoa normal de outra parte do mundo respira, não porque não quero, mas porque eu não tenho mais forças para puxá-lo até o meu pulmão, pulmão que mostra sintomas da falta de mim. Quem? Quem está olhando para nós? O mundo nos virou as costas, pois nunca teve a coragem de olhar nos nossos olhos, de nos encararem, qual o perigo que representamos, a doença que vocês nos empurram pela boca? Eu, numa tentativa desesperada de não beber desse veneno vomito nos seus pés. Eu também tenho pele, eu também tenho sangue, eu também tenho direitos, que me foram tirados, no momento em que nasci.

O fotógrafo dessa foto ganhou o maior premio da fotografia, pela melhor fotografia, mas semanas depois se suicidou. Ganhou o troféu, mas perdeu a vida!

Quanto à criança... digamos que o abutre saciou a fome!

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