domingo, 7 de fevereiro de 2010

Se nada fosse para o que tivesse que ser?

Já pensou se as flores não exalassem perfume e se os espinhos não machucassem?
Como iríamos aprender que o agradável nem sem sempre é bom? E se o sol não brilhasse de manhã e a lua não respondesse à noite?
Não acreditaríamos em amores eternos.
E se os beija-flores apenas quisessem se alimentar das flores, fingindo beija-las?
Onde estaria o romance e de que valeria sonhar?
E se o mundo fosse apenas o material? Só o que pudéssemos ver e tocar. Se esquecêssemos o abstrato, ignorando-o. Qual seria o verdadeiro sentido da vida? Se alguém souber, peço, por favor, que me diga.
Se tudo fosse assim, a minha única chance de sobreviver seria me prender em teus braços que unem o concreto e o abstrato numa relação de equilíbrio fantástico, feito o equilíbrio das órbitas astrais, feito a terra na mais metrificada sincronia de movimentos universais.
Perder-me-ia então no brilho incandescente dos teus olhos estrelares e na magnitude do beijo entorpecente que me tira as forças e o controle de mim mesmo.

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